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domingo, janeiro 29, 2012
terça-feira, janeiro 24, 2012
Percepção é projecção
Um certo dia um rei chamou ao seu palácio o mestre zen
Muhak - que viveu de 1317 a 1405 - e disse-lhe que, para afastar o cansaço e a
tensão do trabalho administrativo, queria ter uma conversa completamente informal
com ele. De seguida, o rei comentou que Muhak parecia um grande porco faminto a procurar comida.
"E você, excelência", respondeu Muhak,
"parece o Buda Sakiamuni a meditar, sobre um pico elevado dos
Himalaias".
O rei ficou surpreso com a resposta de Muhak.
"Comparei você a um porco, e você me compara ao
Buda?"
"É que um porco só pode ver porco, excelência,
e um Buda só pode ver Buda", explicou Muhak com um jeito humilde.
O rei
sorriu, antes de admitir que a resposta de Muhak era uma lição de sabedoria.
365 Zen
Sayings, p. 205
Semeando
Esta história fala de um velho que se chamava Fleming,
um pobre fazendeiro escocês.
Um dia, enquanto trabalhava, ouviu um pedido
desesperado de socorro vindo de um pântano nas proximidades. Largou as suas
ferramentas e correu em direção aos gritos. Quando lá chegou, encontrou,
enlameado até a cintura, um menino a gritar e a tentar safar-se da morte. O
fazendeiro salvou o rapaz duma morte lenta e terrível.
No dia seguinte, uma carruagem riquíssima chega à
humilde casa do camponês. Um nobre, elegantemente vestido, sai e apresenta-se
como o pai do menino que o fazendeiro tinha salvo.
- Eu quero recompensá-lo por salvar a vida do meu
filho - disse o nobre.
- Não, eu não posso aceitar nenhum pagamento pelo que
fiz - respondeu o fazendeiro.
Naquele momento, o filho do fazendeiro veio à porta do
casebre.
- É seu filho? - perguntou o nobre.
- Sim - respondeu orgulhosamente o fazendeiro.
- Pois faço-lhe uma proposta: deixe-me levá-lo e
dar-lhe uma boa educação. Se o rapaz for como o seu pai, crescerá e será um
homem do qual ainda terá muito orgulho.
E assim foi.
Tempos depois, o filho do fazendeiro formou-se no St.
Mary's Hospital Medical School de Londres e ficou conhecido em todo o mundo como
o notável Sr. Alexander Fleming, um dos descobridores da penicilina e prémio
Nobel de 1945.
Anos depois, aquele mesmo filho do nobre ficou
doente, com pneumonia. E o que o salvou? A penicilina. O nome do nobre que
educou Alexander Fleming? Sr. Randolph Churchill. O nome do filho dele? Winston
Churchill...
Autor desconhecido
O Diamante
O Hindu chegou aos arredores de uma certa aldeia e sentou-se
para dormir debaixo duma árvore. Entretanto chega um habitante daquela aldeia e
diz, quase sem fôlego:
"Aquela pedra! Eu quero aquela pedra."
"Mas que pedra?" pergunta-lhe o Hindu.
"Ontem à noite, eu vi o meu Senhor Shiva e, num
sonho, que me disse para que viesse aos arredores da cidade, ao pôr-do-sol; aí
devia estar o Hindu que me daria uma pedra muito grande e preciosa que me faria
rico para sempre."
Então, o Hindu mexeu na sua trouxa e tirou a pedra e disse-lhe:
"Provavelmente é desta que te falou; encontrei-a
numa trilha da floresta, alguns dias atrás; podes levá-la!" Ofereceu-lhe assim
a pedra.
O homem olhou maravilhado para a pedra. Era um
diamante e, talvez, o maior jamais visto no mundo.
Pegou, pois, o diamante e foi-se embora. Mas, quando
veio a noite, ele virava-se de um lado para o outro na sua cama sem conseguir
dormir. Então, ao romper do dia, foi ver novamente o Hindu. Despertou-o e disse-lhe:
"Eu quero que me dê essa riqueza que lhe
tornou possível desfazer-se de um diamante tão grande assim tão
facilmente!"Extraído de 'Histórias da Tradição Sufi'
Edições Dervish, 1993
sábado, janeiro 21, 2012
Convicções limitadoras
Conta um certa lenda, que estavam duas crianças a patinar num lago
congelado.
Era uma tarde nublada e fria e as crianças brincavam
despreocupadas.
De repente, o gelo quebrou-se e uma delas caiu, ficando
presa na fenda que se formou.
A outra, vendo seu o amiguinho preso e a congelar-se, tirou um dos patins e começou a golpear o gelo com todas as
suas forças, conseguindo por fim quebrá-lo e libertar o amigo.
Quando os
bombeiros chegaram e viram o que tinha acontecido, perguntara ao
menino:
- Como é que conseguiu fazer isso?
É impossível que tenha
conseguido quebrar o gelo, sendo tão pequeno e com mãos tão frágeis!
Nesse
instante, um ancião que passava pelo local, comentou:
- Eu sei como ele
conseguiu.
Todos perguntaram:
- Pode nos dizer como?
- É simples -
respondeu o
velho.
- Não havia ninguém ao seu redor, para lhe dizer que não seria
capaz.
sexta-feira, janeiro 20, 2012
Como manter o amor?
Uma mãe e
filha estavam a caminhar pela praia.
A certa altura, a menina disse:
- Como é que se faz para manter um amor?
A mãe olhou para a filha e respondeu:
- Pega um pouco de areia e fecha a mão com força...
A menina assim fez e reparou que quanto mais forte apertava a areia, mais velocidade
a escapava a areia.
- Mamã, mas assim a areia cai!
- Eu sei, agora abre completamente a mão...
A menina assim fez, mas veio um forte vento que levou consigo a areia que
restava da sua mão.
- Assim também não consigo mantê-la na minha mão!
A mãe, sempre a sorrir disse-lhe:
- Agora pega outra vez um pouco de areia e mantem-na na mão semiaberta,
como se fosse uma colher... bastante fechada para protegê-la e bastante
aberta para lhe dar liberdade.
A menina experimentou e viu que a areia não escapava da mão e que estava
protegida do vento.
- É assim que se faz durar um amor...
- Se você quer muito alguma coisa, deixe-a livre. Se ela voltar será sua para
sempre, se não, é porque na verdade nunca foi sua. A liberdade é o espaço que a
felicidade precisa.
quinta-feira, janeiro 19, 2012
Bom milho
Ano após ano, ganhava o troféu "Milho Gigante"
da feira da agricultura do seu município. Entrava com o seu milho na feira e saía
com a faixa azul recobrindo o seu peito.
E o seu milho era cada vez melhor...
Numa dessas ocasiões, um repórter de jornal, ao
abordá-lo após a já tradicional colocação da faixa, ficou intrigado com a
informação dada pelo entrevistado sobre como costumava cultivar o seu
qualificado e valioso produto.
O repórter descobriu que o fazendeiro compartilhava a
semente do seu milho gigante com os vizinhos, então perguntou:
- Como pode o senhor se dispor a compartilhar a sua
melhor semente com os seus vizinhos, quando eles estão a competir com o seu?
O fazendeiro pensou por um instante e respondeu:
- Você não sabe? O vento apanha o pólen do milho
maduro e leva-o através do vento, de campo para campo. Se os meus vizinhos
cultivam milho inferior, a polinização degradará continuamente a qualidade do
meu milho. Se eu quiser cultivar milho bom, tenho que ajudar os meus vizinhos a
cultivar milho bom.
Ele era atento aos laços da vida. O milho dele não poderia
melhorar se o milho do vizinho também não tivesse a qualidade aprimorada.
Assim é também noutras dimensões da nossa vida, aqueles
que escolhem estar em paz devem fazer com que os seus vizinhos estejam em paz.
Aqueles que querem viver bem têm que ajudar os outros para que vivam bem. E
aqueles que querem ser felizes têm que ajudar os outros a encontrar a
felicidade, pois o bem-estar de cada um está ligado ao bem-estar de todos.
Você É Desarrumado ou Perfeito?
Esta história pertence ao livro Steps to an Ecology of
Mind, de Gregory Bateson, trata-se da transcrição duma conversa que este tivera
com a filha, anos atrás:
Um dia, ela procurou-o, e fez uma pergunta interessante:
- Papa, porque é que as coisas se tornam desarrumadas
com tanta facilidade?
- O que está a querer dizer com
"desarrumadas", querida ? - perguntou ele.
- Bem, sabe como é, quando as coisas não são
perfeitas. Olhe para a minha escrivaninha agora. Está cheia de coisas. Desarrumada.
E ontem à noite esforcei-me ao máximo para deixar tudo perfeito. Mas as coisas
não permanecem perfeitas. Tornam-se desarrumadas com a maior facilidade!
Bateson pediu à filha :
- Mostre-me como é quando as coisas ficam perfeitas.
Ela arrumou cada coisa nas posições determinadas, e
depois disse:
Aí está, agora ficou perfeito. Mas não continuará
assim.
E se eu deslocar esta caixa de tinta para cá, cerca de
um palmo? O que acontece?
- Ora, papa, agora ficou desarrumado. Além do mais,
teria de estar recta, e não torta, como a deixou.
- E se eu mudasse este lápis para cá?
- Está desarrumado outra vez.
- E se deixasse este livro aberto?
- Também fica desarrumado!
Bateson declarou então para a sua filha:
- Querida, não é que as coisas fiquem desarrumadas com
mais facilidade. O que acontece apenas que tens mais meios para dessarrumar as coisas, e só
tem um meio para deixar tudo perfeito.
A maioria das pessoas cria numerosos meios para se
sentir mal, e apenas uns poucos meios para se sentir realmente bem.
Desperte o Gigante Interior
Robbins, Anthony
Editora Record, 1993, Pág. 386 e 387
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reflexão
A vida ao "momento"
Outro dia, estava eu na calçada a espera duma amiga,
quando um homem se aproximou e pediu-me informações. Um caso como muitos, que
acontecem todos os dias e várias vezes numa vida toda.
De repente, saltou-me à mente aquela cena do meu
presente, na relação com aquele homem como que congelada, como se toda a vida
parasse ou se traduzisse ali.
Tive consciência de que aquele homem não precisava de
nada mais na sua vida a não ser da minha ajuda. Não era necessário dinheiro,
influência, poder. Tudo e a única coisa importante era o que eu poderia fazer
por ele com a minha cooperação, pois, naquele momento, ele era a minha
responsabilidade, ele era o meu compromisso total. E o que eu podia fazer por
ele era a única coisa que a vida esperava de mim.
Naquele segundo, os meus conhecimentos técnicos, os
meus diplomas, as minhas experiências, tudo da minha vida passada e os meus
sonhos de futuro de nada serviriam se eu não pudesse ajudá-lo.
Passou ainda pela minha cabeça que a intenção e a
forma como faria o que deveria ser feito também teriam um grande significado.
Tratá-lo com generosidade e respeito seria o mesmo que acariciar um filho para
fazê-lo sentir-se bem e, se eu assim o fizesse, aquele homem iria percorrer o
seu trajecto de bem consigo mesmo e com a vida, levando alegria para aqueles
que o esperavam.
... A questão é a nossa consciência sobre o quanto
podemos ser úteis a cada segundo de nossas vidas.
Evoluir ou... Morrer!
Franceschi, Omar
Editora Mercuryo, 1999, Pág. 119 e 120
quarta-feira, janeiro 18, 2012
A porta
Numa terra em guerra, havia um rei que causava
espanto. Cada vez que fazia prisioneiros, não os matava, mas levava-os a uma
sala onde tinha um grupo de arqueiros num canto e uma imensa porta de ferro no
outro, sendo que nessa porta havia figuras de caveiras cobertas de sangue.
Então o rei ponha-os ficar em círculo, e dizia:
- Podem escolher: morrer flechados pelos meus arqueiros, ou passarem por aquela
porta e serem por mim lá trancados.
Todos os que por ali passaram escolheram morrer pelas
mãos dos arqueiros.
Ao término da guerra, um soldado que por muito tempo servira o rei, disse-lhe:
- Senhor, posso-lhe fazer uma pergunta?
- Diga, soldado.
- O que há por trás de tão assustadora porta?
- Vá e veja.
O soldado então abre a porta vagarosamente, e percebe que, à medida que o faz,
raios de sol vão adentrando e clareando o ambiente. E vê, surpreso, que a porta
levava rumo à liberdade.
Admirado, apenas olha para o rei, que diz:
- Eu dava-lhes a escolha, mas preferiram morrer a arriscar abrir esta porta.
(autor desconhecido)
Os três leões
Numa determinada floresta havia 3 leões. Um dia o
macaco, representante eleito dos animais súditos, fez uma reunião com toda a
bicharada da floresta e disse:
- Nós, os animais, sabemos que o leão é o rei dos
animais, mas há uma dúvida no ar: existem 3 leões fortes. Ora, a qual deles nós
devemos prestar homenagem? Quem, dentre eles, deverá ser o nosso rei?
Os 3 leões souberam da reunião e comentaram entre si:
- É verdade, a preocupação da bicharada faz sentido,
uma floresta não pode ter três reis, precisamos saber qual de nós será o
escolhido. Mas como descobrir?
Essa era a grande questão: lutar entre si, eles não
queriam, pois eram muito amigos. O impasse estava formado. De novo, todos os
animais se reuniram para discutir uma solução para o caso. Depois de usarem
técnicas de reuniões do tipo brainstorming, etc. eles tiveram uma ideia
excelente. O macaco encontrou-se com os 3 felinos e contou o que decidiram:
- Bem, senhores leões, encontramos uma solução
desafiadora para o problema. A solução está na Montanha Difícil.
- Montanha Difícil? Como assim?
- É simples, ponderou o macaco. Decidimos que vocês 3
deverão escalar a Montanha Difícil. O que atingir o pico primeiro será
consagrado o rei dos reis.
A Montanha Difícil era a mais alta entre todas naquela
imensa floresta. O desafio foi aceite. No dia combinado, milhares de animais
cercaram a Montanha para assistir a grande escalada. O primeiro tentou. Não conseguiu.
Foi derrotado. O segundo tentou. Não conseguiu. Foi derrotado. O terceiro
tentou. Não conseguiu. Foi derrotado. Os animais estavam curiosos e
impacientes, afinal, qual deles seria o rei, uma vez que os três foram
derrotados? Foi nesse momento que uma águia sábia, idosa na idade e grande em
sabedoria, pediu a palavra:
- Eu sei quem deve ser o rei!!!
Todos os animais fizeram um silêncio de grande
expectativa.
- A senhora sabe, mas como? - todos gritaram para a
Águia.
- É simples - confessou a sábia águia - eu estava a voar
entre eles, bem de perto e, quando eles voltaram para o vale, eu escutei o que
cada um deles disse para a montanha.
O primeiro leão disse:
- Montanha, você venceu-me!
O segundo leão disse:
- Montanha, você venceu-me!
O terceiro leão disse:
- Montanha, você venceu-me, por enquanto! Mas você,
montanha, já atingiu o seu tamanho final, e eu ainda estou a crescer.
- A diferença - completou a águia - é que o terceiro
leão teve uma atitude de vencedor diante da derrota e quem pensa assim é maior
que o seu problema: é rei de si mesmo, está preparado para ser rei dos outros.
Os animais da floresta aplaudiram entusiasticamente
ao terceiro leão que foi coroado rei entre os reis.
(autor desconhecido)
domingo, janeiro 15, 2012
Paz Perfeita
Existe um conto muito interessante sobre as nossas
escolhas e de como encontrar a paz.
Uma certa vez, um rei teve de escolher entre duas
pinturas, qual a que representava mais a paz perfeita. A primeira era um lago
muito tranquilo, este lago era um espelho perfeito onde se reflectiam algumas
plácidas montanhas que o rodeavam, sobre elas encontrava-se um céu muito azul
com nuvens brancas. Todos os que olharam para esta pintura pensaram que
reflectia a paz perfeita.
Já a segunda pintura também tinha montanhas, mas eram
escabrosas e não tinham uma só planta, o céu era escuro, tenebroso e dele saíam
faíscas de raios e trovões. Tudo isto não era pacífico. Mas, quando o rei
observou mais atentamente, reparou que atrás de uma cascata havia um pequeno
galho que saía duma fenda na rocha. Nesse galho encontrava-se um ninho. Ali, no
meio do ruído da violenta camada de água, estava um passarinho calmamente
sentado no seu ninho. Paz Perfeita. O rei escolheu essa segunda pintura e
explicou:
"Paz não significa estar num lugar sem ruídos,
sem problemas Ou sem dor. Paz significa que, apesar de se estar no meio de tudo
isso, Permanecemos calmos e tranquilos no nosso coração. Este é o verdadeiro
significado da paz."
Este conselho real serve para todos
nós que vivemos rotinas cheias de compromissos, obrigações e turbulências. Olhe
para a pintura da sua alma, descubra o seu verdadeiro lugar no mundo e faça o
seu "ninho" de paz e harmonia. Não se deixe levar pelo ambiente,
construa na sua vida aquilo que é melhor para si mesmo e seja FELIZ!!!
Bem hajam e muita paz
Miguel Ferreira
sábado, janeiro 14, 2012
A Dependência é o que mais abala a auto-estima
Você depende de alguém? O que significa para si ser
independente? É não depender financeiramente de alguém? É conseguir pagar todas
as suas contas? E a dependência emocional? Qual é mais destrutiva?
A dependência, seja financeira ou emocional, é o que mais abala a
auto-estima. Se depende de alguém para comer, para pagar as suas contas, será
difícil acreditar que é capaz de se manter por si só. É como se passasse para a
sua mente uma mensagem a dizer: "Não sou capaz!" E conforme o tempo
passa, esta crença vai-se tornando cada vez mais forte dentro de si.
É por isso que muitas mulheres que optaram por cuidar dos filhos e
da casa, com o passar dos anos tendem a entrar em depressão. A
auto-estima fica completamente comprometida, e por mais que lhe digam e a
lembrem do quanto fizeram, não conseguem reconhecer, pois duvidam da sua
capacidade em relação a tudo, questionando onde erraram. Será que existiu algum
erro em optar por fazer uma parte enquanto outro fazia outra? Creio que não,
mas tudo foi mudando muito rápido e as exigências passaram a ser outras, onde
cada um se deve manter por si mesmo, valorizando cada vez mais a independência
e a autonomia por cuidar da sua própria existência e isso inclui também as
necessidades básicas.
Por um lado temos crescido, tanto os homens quanto as mulheres,
mas por outro, muitas mulheres ficaram no meio do caminho sem forças para
avançarem. Mesmo assim, muitas mães ainda hoje continuam a criar as suas filhas
para a dependência. Mas qual a origem
da dependência?
A dependência pode ter origem na infância. É tão significativa esta
época das nossas vidas, que muitos pais ainda hoje tratam os seus filhos como
foram tratados, mesmo que dissessem que fariam diferente, vez ou outra, podem
agir exactamente igual. É uma tendência natural do ser humano repetir padrões
conhecidos, mesmo que esses padrões sejam negativos e destrutivos.
Hoje me dia, mesmo com tanta informação, vemos pais super-protetores,
muitos com a intenção de compensar a sua ausência constante, outros pelo medo
de ficar sem os filhos e assim, sozinhos, fazendo-os acreditar que o melhor
lugar para se viver é dentro de casa, debaixo das suas seguras asas. Pagam a
faculdade dos filhos, permitem usar os seus carros, ou dão-lhes um novo, não os
incentivam a trabalhar enquanto estudam. Outros ainda incentivam os seus filhos
a esperarem pelo príncipe ou princesa encantado(a), como se isso existisse, ou
seja, fazem com que os seus filhos vivam um mundo de faz de conta, muito longe
da realidade.
É claro, tudo isso com a intenção de garantir a felicidade. Alguém
garante felicidade de alguém? Sim, os pais têm um papel importante na nossa
formação e educação, mas desde que nos incentivem a acreditar em nós mesmos,
que permitam que acreditemos na nossa capacidade de nos nutrir, seja
financeiramente e principalmente, emocionalmente, fazendo com que nos tornemos
seres inteiros e não alguém que está sempre à espera que outra pessoa nos
complete, como se sozinhos fossemos incapazes. Ninguém é incapaz para nada, por
mais que nos fizessem acreditar.
É importante observar as suas próprias condutas e identificar se
está a seguir algum tipo de exemplo que teve durante a sua infância. Você pode
estar a agir igual a sua mãe, ou ao seu pai ou a uma pessoa que tenha sido
significativa na sua educação. Por mais que tenha prometido fazer diferente, é
como se fosse mais forte que você, e de facto é, pois é accionado de forma inconsciente,
ou seja, sem perceber. E se alguém disser que está a agir tal como o seu pai ou
a sua mãe, a tendência imediata é negar.
Comece a observar-se mais, e pergunte as pessoas mais próximas se os
seus comportamentos são parecidos com os do seu pai ou da sua mãe. Depois de
identificado, fique atento para não agir de forma automática, e tenha mais
consciência das suas acções e atitudes, procurando aprofundar o seu
autoconhecimento e crescer.
Sempre que uma criança se sente envergonhada, desprezada, pequena,
humilhada, culpada, ou seja, sempre que os seus sentimentos são desrespeitados,
provavelmente sente-se como se não fosse digna de senti-los e pode passar a
negar ou esconder dos outros e de si mesma, os seus sentimentos. Os pais amam
muito os seus filhos, e pode até ter sido muito amado, mas talvez sempre tenham
centralizado a atenção no que estava errado e não no que estava certo. Há
pessoas que supervalorizam o que acontece de errado, apontando sempre uma
falha, um erro, e desprezam totalmente as vitórias, as conquistas, como se não
existissem.
A criança precisa de se sentir valorizada, especial, precisa de
amor. Pais que não demonstram amor aos filhos, deixando-os inseguros do amor
que recebem, ou sufocando-os com excesso de zelo, poderão contribuir para que
se tornem adultos dependentes da constante confirmação do amor do outro. Isto
gera um círculo vicioso de procura de amor ou aprovação que vem de fora e da
fuga para olhar para dentro de si e acreditar que mais importante que o amor do
outro é o amor que cada um pode e deve ter por si mesmo.
Bem hajam e boa continuação…
Miguel Ferreira
sexta-feira, janeiro 06, 2012
CURSO BÁSICO DE PNL
Pré-inscrições abertas para os
próximos
meses
Solicite
informações sobre próximas datas
PROMOÇÃO: 3 INSCRIÇÕES – OFERTA DE 1
FÁTIMA, LEIRIA, TORRES NOVAS, SANTARÉM, LISBOA E
PORTO
APROVEITE ESTA OPORTUNIDADE, PARA AQUELA QUE É
CONSIDERADA A METODOLOGIA QUE FAZ TODA A DIFERENÇA NA VIDA PESSOAL E
PROFISSIONAL (PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA).
CURSO BÁSICO DE PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA
(12 horas)
Modalidade A: (4 x
3 horas // 4
x 5ª feiras, 20h00 – 23h30)
Modalidade B: (2 x
6
horas
// 2
x Sábados, 9h30 –
18h30)
A FORMAÇÃO IRÁ DECORRER EM GRUPOS
RESTRITOS.
FAÇA JÁ A SUA PRÉ-INSCRIÇÃO ENVIANDO OS SEUS
DADOS:
nome:
profissão:
morada:
telemóvel:
local de residência:
local
ou locais onde prefere a formação: Fátima, Leiria, Torres Novas,
Santarém, Lisboa e Porto.
modalidade que prefere: 4 módulos à 5ª Feira ou 2 módulos e 2
Sábados
disponibilidade: quando é que gostaria de iniciar a
formação
nº do
BI|CC:
objectivos da formação:
Com os melhores cumprimentos,
A equipa (Chunkingup):
Miguel
Ferreira
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