quinta-feira, novembro 28, 2013

Quebre o ciclo

“Os fracos nunca podem perdoar. O Perdão é atributo dos fortes" – Mahatma Gandhi
Um empresário com grande poder de decisão gritou com um director da sua empresa, porque naquele momento estava a sentir muita raiva.
O director, ao chegar a casa e ao ver um bom e farto almoço à mesa, gritou com sua mulher, acusando-a de gastar demais.
A mulher gritou com a empregada, que, assustada, quebrou um prato ao tropeçar no cão da casa. A empregada pontapeou o cão por este a ter feito tropeçar.
O cão saiu a correr e mordeu uma senhora que ia a passar pela rua, porque ela atrapalhou a sua saída pelo portão.
Essa senhora foi à farmácia para tomar uma vacina e fazer um penso, e gritou com o farmacêutico porque a vacina lhe doeu ao ser aplicada.
O farmacêutico, ao chegar a casa, gritou com sua mãe porque o jantar não estava do seu agrado.
A mãe, tolerante, com um manancial de amor e perdão, afagou os cabelos do filho e beijou-o na testa, dizendo:
- Meu Querido Filho, prometo que amanhã faço a tua sobremesa favorita. Trabalhas muito, estás cansado e precisas de uma boa noite de sono. Vou trocar os lençóis da tua cama, e pôr outros limpinhos e a cheirar bem para que durmas tranquilamente e em paz. Amanhã vais-te sentir melhor.
E ao retirar-se, abençoou-o, deixando o filho sozinho com seus pensamentos.
Naquele momento, o círculo do ódio se rompeu, porque ele esbarrou na TOLERÂNCIA, no PERDÃO e no AMOR.

Se momentânea ou permanentemente nos encontramos num círculo de intolerância, raiva, rancor ou ódio, ou se por ventura nos colocaram ali, devemos SEMPRE lembrar-nos de que apenas e só com TOLERÂNCIA, PERDÃO e AMOR o podemos quebrar!
(Adaptado do Livro “O que Podemos Aprender com os Gansos”, Alexandre Rangel)

Bem hajam

Miguel Ferreira

sábado, novembro 16, 2013

Uma Citação, uma Fábula

Uma das citações mais populares de Mahatma Gandhi é “Você deve ser a mudança que deseja ver no mundo.”
Partilho a história que se acredita verdadeira - embora não confirmada – que terá estado na origem desta citação.
Durante a década de 1930, um jovem rapaz tinha-se tornado obcecado com a ingestão de açúcar. A sua mãe tentou por todos os meios dissuadi-lo do vício mas não conseguiu. Ao constatar que o seu único filho, o seu “bem” mais precioso, começava a por a sua vida em risco, e ao saber da admiração e respeito que este tinha por Gandhi – já muito venerado em todo o país - decidiu levá-lo à presença do Mahatma (Grande Alma) na esperança que as suas palavras pudessem convencer o filho a parar de ingerir açúcar.

Viajaram durante um dia de comboio e esperaram na Gandhi's Ashram (Ermida) outro dia para falar com Gandhi. Ao chegar à sua presença a mãe desesperada pediu “Mahatma, peço-lhe que convença o meu filho a não comer mais açúcar, pois está a ‘envenenar’ o seu corpo ao ponto da sua vida começar a ficar em risco!” Gandhi deliberou por breves minutos e respondeu "Por favor volte daqui a um mês. Nessa altura falarei com o seu filho." A mãe desesperada ao ouvir estas palavras implorou “Mas Mahatma, por favor, eu viajei um dia de comboio e aguardei outro dia para poder estar aqui…” Gandhi interrompeu dizendo seriamente: “Entendo, mas terá que voltar daqui a um mês. Só nessa altura falarei com o seu filho.”

Mãe e filho levaram mais um dia para regressar de comboio à sua aldeia. Embora não tendo desistido de comer açúcar, o facto de ter estado na presença de Mahatma e, a curiosidade em voltar a visitá-lo para escutar as suas palavras, fizeram com que ele reduzisse a sua ingestão. Passado um mês voltaram de novo a viajar um dia de comboio e aguardar por mais um dia para estarem na presença de Gandhi. Ao chegarem perto dele a mãe voltou a dirigir-se-lhe “Mahatma, conforme nos pediste estamos de volta…” Gandhi respondeu “Sim, recordo-me de si e do problema do seu filho com o açúcar” e dirigindo-se a este gritou-lhe "Vais deixar de comer açúcar, JÁ!" O rapaz assustado admitiu, "Perdoe-me bapu (Pai), vou seguir de imediato o seu conselho."

A mãe perplexa perguntou, "Bapu, poderia ter solicitado ao meu filho que deixasse de comer açúcar, há um mês atrás quando o visitámos…. Porquê nos pediu para voltarmos um mês depois?" Gandhi respondeu, "Ben (Irmã), há um mês, também eu ainda comia açúcar… Você deve ser a mudança que deseja ver no mundo."

Apenas devemos exigir de alguém o que exigimos primeiro de nós próprios. Só ao sermos coerentes com os nossos valores poderemos de forma positiva deixar a nossa “marca”. Lembre-se disso ao influenciar da próxima vez…

Bem hajam,

Miguel Ferreira

terça-feira, novembro 05, 2013

Gestão semanal do tempo

É sempre bom refletir sobre a administração do tempo e do seu principal instrumento que é a agenda.
De facto, é praticamente impossível para uma pessoa que tenha vários compromissos por dia, administrar o seu tempo de forma minimamente eficiente sem uma agenda.
Existem pessoas que se vangloriam de não usar agenda, contudo uma análise mais detida desses casos notáveis, porém, vai evidenciar que ou a pessoa não precisa porque tem poucos compromissos por dia (e dá para se lembrar deles sem necessidade de anotações), ou alguém gere a sua agenda (uma secretária, por exemplo), ou tem uma memória anormalmente prodigiosa ou, então, é um desastre na conciliação dos compromissos cotidianos.
Para a grande maioria, a agenda é uma ferramenta de trabalho indispensável no dia-a-dia, juntamente com o relógio e o telemóvel formam o trio básico da administração do tempo. O relógio, por razões obvias, o telemóvel porque permite lidar de forma surpreendentemente eficaz com essa importante fonte de perturbação, se não for bem administrada, que são as ligações telefónicas, disponibilizando os extraordinários recursos tecnológicos do silencioso, do registro do número de quem ligou, além da hora da chamada e, suprema sofisticação, da agenda eletrônica ambulante.
Há agendas de todos os tipos, formas e tamanhos. Há as de papel e as eletrônicas. As portáteis e as de mesa. As de mão e as de bolso. Há, até, as de parede, misto de calendário e agenda. Qual é a melhor? Depende do uso que se pretende dar. Não há um modelo padrão que se preste a todos os usos. Se se presta bem ao registro dos compromissos do seu proprietário, é uma boa agenda.
A prática, porém, tem evidenciado alguns procedimentos mais ou menos disseminados no uso de agendas que podem ser aperfeiçoados. O principal deles é a utilização das chamadas agendas diárias, aquelas que vêm com apenas um dia em cada página. Segundo Stephen R. Covey, no seu best seller “Os 7 Hábitos das Pessoas Muito Eficazes”, tece algumas considerações interessantes sobre a questão:
“A organização com base na semana possibilita um equilíbrio maior e um contexto mais amplo que o planeamento diário. Parece haver um consenso cultural implícito de que a semana é uma unidade de tempo única, completa. O mundo dos negócios, da educação e muitas outras facetas da sociedade operam dentro do quadro dado pela semana, determinando certos dias para o trabalho e outros para o relaxamento e a inspiração.” Covey lembra, inclusive, que a tradição judaico-cristã reserva um dia em cada sete para descanso, fechando o ciclo semanal e iniciando o seguinte.
Se o mundo se organiza assim, semanalmente, a melhor forma, portanto, de programar a distribuição do tempo é usando um instrumento que permita uma visão panorâmica da semana e, não apenas, do dia. A visão apenas do dia tende a reduzir o horizonte de programação e a perspectiva do programador.
Covey destaca que uma boa programação é aquela que permite dedicar mais tempo à prevenção que à administração de crises: “Na minha opinião, a melhor maneira de fazer isso é organizar a sua vida numa base semanal. Pode continuar a fazer adaptações e ter prioridades diárias, mas a energia fundamental vai para a organização da semana.”

Bem hajam e bons agendamentos.